domingo, 30 de agosto de 2009

"Detesto Biodança"



Chamei minha amiga Eleonora para participar do meu grupo de Biodança. – “Marido não gosta”, foi a resposta dela. Isto ocorreu dois anos atrás. Quando iniciei o Blog, enviei para ela um email com a URL e ao encontrá-la mais tarde, perguntei se tinha gostado da historinha da formiga e da cigarra. Logo ficou evidente que ela não tinha entrado no blog. Eleonora explicou: “Detesto Biodança!” Fiquei surpreso. Em seguida ela contou que tinha participado uns anos atrás de uma aula pública na Católica e que um cara ficou no pé dela, incomodando-a durante toda a vivência.

Já escutei diversos relatos, onde o primeiro encontro com a Biodança foi desagradável, seja por ter sido invadida corporalmente ou apenas por ter testemunhado comportamentos que desaprovou.

Biodança é isso mesmo? – As pessoas se tocam? – Sim. Falando de maneira bem resumida: A Biodança trabalha com grupo, música, dança, encontros e toque. Mas o toque na Biodança é com “T” maiúsculo! – É um toque com presença, muito afetivo, onde os braços e mãos tornam-se uma extensão do coração. Este toque não é invasivo, ao contrário, é nutritivo. Gera tranqüilidade, restaura nossa auto-estima; é profundamente curador.

E o que deu errado com Eleonora e outras pessoas que tiveram uma experiência péssima? – Provavelmente a condução. A formação de um grupo de Biodança, como também a entrada de novos membros requer cuidados por parte do facilitador. Eleonora entrou num grupo público, não houve um critério de admissão.

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2 comentários:

  1. É necessario ter cuidado com a intencionalidade do toque...
    No entanto até isso(acho eu) faz parte da Biodança. De que forma eu me relaciono com o toque? Claro que ninguém quer se sentir envadida por isso mesmo é necessário por limites ao toque, mas isso também é uma descoberta...

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  2. Tive a "sorte" de ter um primeiro encontro muito bom, quando fui cativada por um conjunto da obra! Biodança não é só "toque", é exposição de sentimentos, é acolhimento, é entrega, é confiança... E concordo inteiramente com Roberto, creio que o facilitador tenha papel fundamental na observação dos integrantes e de suas reações. Lamento por sua primeira vez ter sido traumatizante, Eleonora, mas acho que deveria dar outra chance a você mesma.

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